Em 2003, eu resolvi criar uma - de muitas – séries para serem as
“sucessoras” de ARLEQUIM. Nesse momento, ainda estava com a idéia de encerrar a
série no número 20, o que não aconteceu. As primeiras idéias que tive foram
Mussorgsky – você já viram o primeiro capítulo aqui – e um trabalho chamado
Cervello. Cheguei a citar ambas obras numa entrevista que fizeram comigo quando
publiquei um quadrinho na revista italiana “No Words” da editora Megaton. Como queria fazer um projeto inspirado em mangás com um toque mais pessoal, procurei
um desenhista no estilo pra me ajudar. Quem topou a empreitada foi Graziela
Caiado, uma goiana com a arte suave que eu precisava. Contudo,ela logo teve que deixar, e o roteiro foi pra
gaveta.
Recentemente, resolvi fazer um quadrinho onde a “missão”
seria resumida em uma palavra: Simbolismo. Livros de Jung de um lado,
dicionários de símbolos e livros de lingüística de outro, começamos tudo... daí
veio o lampejo... por quê não usar o que fiz em Cervello nesta história?
Óbvio que tudo está perdido no meio de um caleidoscópico
cenário, mas vários conceitos estão ali, e aos poucos serão revelados. O método
de publicação também é algo que quero experimentar: serão distribuídos arquivos
com dez páginas, contendo um capítulo da história. Após 4 capítulos, eles serão
compilados em um livro e lançado de forma impressa, com 10 páginas adicionais
exclusivas da versão impressa. Estas páginas não atrapalham na compreensão da
história – er... bom, você vão entender... – mas terão ótimos complementos.
Então, quem acompanha meu perfil no Facebook e no Pinterest,
poderá ver a obra surgindo página a página. O primeiro álbum já está pronto,
mas há muitos “efeitos” que desejo fazer com calma – não apenas de computador,
vocês verão. E é bom sempre pesquisar um pouco mais sobre o tema, para não
perder a oportunidade de incluir algo mais.
Pra quem perguntar, “Cervello” é “Cérebro” em italiano. Não
está assim à toa. Não mesmo.
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